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MATÉRIAS TÉCNICAS

O  Livro Sagrado da Engenharia-Surpresa Geral

 Não é  o que você está Pensando

   Engo.Manoel Henrique campos Botelho   maio  2004

 Faz alguns anos,talvez algumas dezenas de anos.Eu fora contratado por uma firma de engenharia para dirigir o projeto de uma potente casa de bombas que retiraria água do mar recalcando-a para atender às necessidades de resfriamento de uma siderúrgica.

Fui contratado para dirigir e não para desenvolver partes técnicas do projeto, para o que havia, ou melhor, deveria haver e na prática não havia uma equipe de projetistas.

Tão logo assumi a direção notei que na firma não havia um profissional que cuidasse da parte do sistema de combate a  incêndio para a elevatória.Esse assunto de combate a incêndio eu dominava,sendo engenheiro civil hidráulico, mas o que me deixou preocupado é que as atividades de direção do empreendimento impediam-me de assumir essa tarefa técnica.Tentei contratar um colega,mas o prazo de entrega dos documentos era tão exíguo,que para contratar um engenheiro numa época de muito serviço e poucos profissionais competentes tornava-se impossível.Eu mesmo teria que tocar o serviço e o único auxiliar que pude arrumar foi um estudante do quinto ano de uma escola de engenharia,que apesar  de boa formação tinha um defeito original,não era a escola que me formei.  Extremamente preconceituoso eu achava que fora da minha escola de engenharia pouca coisa poderia esperar.Quanta bobagem e preconceito...Disseram-me que o jovem engenheirando era muito bom,quase brilhante. Decidi ficar com ele e verificar se os elogios eram ou não merecidos.Para isso eu iria submetê-lo a uma série de situações difíceis ou como diriam os que gostam de sociedades secretas e misteriosas,eu iria iniciá-lo nos segredos herméticos de Minerva,a linda deusa grega que protege a engenharia.

O jovem futuro colega veio para o primeiro dia de trabalho comigo e cumpriu a primeira condição.Ele me trataria com o título de senhor doutor de engenheiro, mesmo não sendo eu doutor,mas era uma forma de mostrar o que ele deveria esperar,ele iria viver a experiência de ser um fiel e obediente discípulo que serviria um mestre.Começou a iniciação quando eu dei a primeira tarefa:

-Para você começar deve me trazer amanhã um exemplar do mais sagrado  dos livros da engenharia,só que eu não posso dizer que livro é esse.Seu processo de amadurecimento exigirá que você mesmo descubra e não se incomode com os erros que fará nessa busca do”santo sagraal’’.Assim é a iniciação na engenharia...

O coitado saiu aturdido com a missão e no dia seguinte trouxe-me algo trêmulo,um livro de Análise Matemática e Cálculo Diferencial e Integral do conhecido autor’’Courant’’.Assim respondi:

- Jovem.Esse não é o livro mais sagrado da engenharia,mas seu pecado foi apenas venial,aceitável.Se o seu mestre fosse discípulo do saudoso Prof.oCamargo e se você tivesse trazido o livro do Granville eu o demitiria’’ad nutum’’...Terás direito pois a uma segunda chance.No dia seguinte o coitado trouxe-me um segundo livro e balbuciou: 

-Mestre.Eis uma velha edição do livro de “Resistência dos Materiais” do Timoshenko em tradução do respeitado Prof-o Noronha.Se esse não for o livro sagrado da Engenharia que livro poderá ser?

Confesso que ao ver o livro do Mestre Timoshenko,o Engenheiro do Século XX,tremi mas não cedi e continuei o processo de iniciação:

-Esse livro seguramente é um livro sagrado,tão sagrado como o Courant,mas não é o mais sagrado dos livros.o mais sagrado dos livros está junto a cada um de nós e não percebemos.mas chega de iniciação.Eu te apresentarei ao mais sagrado dos livros e principalmente te contarei o que nem nele e em nenhum outro lugar está escrito,ou seja,como fazer sua exegese,como interpretá-lo e tirar dele os melhores ensinamentos.

O jovem profissional estava ansioso e eu logo apresentei o livro,pois com todo esse treinamento uma coisa não estava sendo feita,o projeto do sistema hidráulico de combate a incêndio da elevatória.Assim fui até a mesa do telefone e peguei o livro sagrado da engenharia,a lista de telefones classificada,a amarelinha,e comentei:

-Não há engenharia sem fornecimento de material ou equipamentos.Você deve aprender a usar o livro mais usado da engenharia que é a lista telefônica classificada de fornecedores...

O coitado do engenheirando estava atônito.Nunca tinham dito a ele que uma prosaíca lista telefônica fosse um livro sagrado.Mas prestam atenção a aula que dei a ele de como fazer a exegese do texto sagrado e como tirar dela os melhores frutos.Regras:

1)Baseado na lista amarela faça a listagem dos fornecedores de equipamentos de combate a incêndio;

2)Peça catálogos a todos e depois de receber os catálogos estude-os;

3)Estude em outros livros,normas e artigos técnicos procurando ficar em dia com o estado da arte;

4)Depois de tudo isso e com base no material recebido faça um ranking de todos os fornecedores,começando dos piores aos melhores;

5)Entre em contato inicialmente com aquele fornecedor pior qualificado,chame um vendedor técnico e com ele abra o jogo.Declare a verdade,que você nada sabe de combate a incêndio e que precisa comprar,atenção,use sempre o verbo comprar,um sistema e que  para isso você precisa entender como as coisas funcionam.Você ficará surpreso com o que o vendedor técnico lhe ensinará,pois eles são treinados para mostrar e convencer;

6)Chame agora o segundo menos pior fornecedor e faça a mesma coisa,sempre avisando do seu despreparo no assunto.Esse aviso é fundamental para deixar o vendedor bem a vontade e com isso a conversa corre solta;

7)Chame agora o terceiro menos pior fornecedor,converse com o vendedor técnico,verá que sua conversa já será algo diferente,e você pode dizer que entende muito pouco do assunto combate a incêndio.Você notará que já dará para dialogar com o vendedor;

8)Volte agora aos livros,normas e regulamentos,você notará que numa segunda leitura muita coisa  antes pouco compreensível ficou clara;

9)No processo de ir chamando progressivamente dos piores para os melhores,você deve guardar as três firmas que melhor lhe impressionaram pelos catálogos para com eles ter a batalha final.Ao chamar um dos vencedores técnicos de uma das três firmas comece a conversa já falando termos do jargão do assunto como classe de incêndio,pressões necessárias etc.,mostrando que de alguma forma você conhece a matéria.Apresente o problema que você tem e peça propostas técnico-comerciais detalhadas.

Aí,com as propostas dos fornecedores na mão,normas e regulamentos oficiais,tudo isso na mão,nós poderemos fazer o projeto e as especificações.

Assim foi feito.O jovem engenheiro fez o previsto e eu acompanhava.Orientado por mim ele fez um esboço do projeto no qual usou os conhecimentos que aprendera na sua escola de engenharia e mais os que aprendera no processo de iniciação,baseado nas informações do livro sagrado.Revi e complementei o trabalho e o enviei ao cliente.

Esta história terminaria aqui e com final feliz mas eu não posso deixar de contar algo que aconteceu no final do trabalho.

Eu estava ensinando o neófito quando este fez uma pergunta que denunciava o bom nível do jovem:

-Mestre,como posso separar o joio do trigo?Se os vendedores são treinados para mostrar com alta eficiência as coisas e nos ensinar a  como usar seus equipamentos,todavia eles não são filhos de Minerva,que é pura e ética nas verdades.Os vendedores são filhos do deus Mercúrio,deus dos negócios,e como sabemos da mitologia grega o conceito de Mercúrio é algo assim duvidoso.Mercúrio é meio embrulhão,maroto para dizer o mínimo...Como então saber a verdade diferenciando-a da  propaganda interesseira?

Aliás este discípulo amplia a pergunta ao seu mestre:

-Como saber a verdade na engenharia e também na vida?

Pensei em dar uma resposta genérica,pois mestre que é mestre tem sempre que dar respostas,mas procurei ser honesto e humano e confessei que essa não era tarefa fácil,que deveríamos prestar atenção a tudo,conversar com outros colegas trocando experiências etc.,mas confesso que não tive resposta perfeita para responder a tão difícil questão.Humildemente passo a pergunta aos meus fiéis leitores.

Como saber a verdade na engenharia e na vida?

Aceito e publicarei as respostas que receber,mesmo que sejam respostas da parte mais fácil da pergunta:

Como saber a verdade na engenharia?

Ps:.Dedico carinhosamente esta crônica à memória do Engo Max Lothar Hess,que de alguma forma,próximo ao descrito nesta crônica,passou-me informações e verdades que não estão nos livros.Quem,no meu primeiro dia de vida profissional,levou-me a ter tão marcante mestre foi o Profo J.A. Martins,a quem sou profundamente grato pelo fato.

Autor: Eng. Manuel Henrique Campos Botelho

Lançamento do Livro do Eng. Manuel Henrique Campos Botelho

Acaba de chegar da gráfica o novo livro de Manoel H C Botelho
" Concreto Armado eu te Amo para Arquitetos "
( e que os engenheiros também vão ler ).
Inovação. Um livro com aprovação didática do IAB-SP.
Acaba de sair da gráfica o livro, tão pedido e solicitado.
Em mais de 210 pg o livro inova na comunicação visual e fotos. Se o "Concreto armado eu te amo" na sua edição clássica inovou no texto e na didática, agora esse novo volume da coleção, inova no visual, extremamente agradável e compreensivo.

O livro cobre toda a matéria de concreto armado para arquitetos e estudantes de arquitetura e serve também para engenheiros pois :
- foi orientado e aprovado didaticamente pelo IAB ( Instituto dos Arquitetos do Brasil ) -SP,
- foi escrito atendendo a nova norma NBR 6118 /2003,
- inclui assuntos em apresentação sumária como prova de carga, indicações de uso de consoles, concreto protendido, fotos de estruturas interessantes e curiosas, crônicas estruturais botelhanas,
- inclui todos os cálculos de um anteprojeto estrutural completo de um depósito (dois pisos),que os arquitetos e engenheiros vão entender e adorar,
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A compra do terreno para construção

         Um dos principais questionamentos pelos quais se depara quem quer construir seu imóvel é a escolha do terreno. Nem sempre são levados em consideração itens importantes, que depois poderão ser motivos de insatisfação para o novo proprietário.

         Alguns aspectos, desfavoráveis na hora da compra, devem ser observados, a saber:

a)    A facilidade de acesso ao lote, tendo vias de acesso que possibilitem chegar ao mesmo.

b)    A existência no local de rede pública de água, energia e esgoto. A existência destes itens, já representaria economia inicial na construção da obra, pois seria necessária água para compor concreto, argamassas e utilizá-la no banheiro dos operários durante a obra; sua falta implicaria a construção de poço artesiano. A existência de rede de esgoto evitaria a construção de fossa séptica para os operários e futura residência.    

         Ao verificar a existência de rede elétrica no local, observe sehá fiação aérea no local, que em alguns locais poderá vir enterrada. Lembre-se antes de construir, quando solicitar ligação à concessionária, informar a mesma sobre a planta do imóvel, bem como a potência a ser instalada no canteiro de obra.

c)    O terreno deve preferencialmente ser plano, com leve    inclinação para a rua em locais onde a drenagem urbana for eficiente. Certifique-se com a vizinhança se não ocorrem alagamentos em dias de chuva.

Na escolha de terrenos em aclive (inclinados acima do nível da rua) ou em declive (inclinados abaixo do nível da rua), considere na fase de execução de sua obra, os gastos com movimento de terra (corte e aterro) e alvenaria de contenção.

d)    Verifique se o solo é resistente e capaz de suportar o prédio a  ser construído, evitando assim, a utilização de uma fundação de alto custo. Execute uma sondagem, para saber o perfil do terreno, outra alternativa é consultar a vizinhança, diligencie no sentido de saber se nas construções contíguas  existem fissuras nas paredes, qual o tipo de fundação utilizada.

e)    Dentro de uma mesma quadra, com vários lotes, dê preferência aquele lote que mais recebe a luz do sol e ventilação.

f)     Consulte o Código de Obras e Zoneamento de seu município, que versa sobre recuos e número máximo de pavimentos permitido para seu imóvel, bem como, a possibilidade ou não de futuras desapropriações. Lembre-se, que dados técnicos como recuos e número máximo de pavimentos, serão limitantes para que um profissional legalmente habilitado faça o seu projeto.

Conheça a prática tabela para o cálculo da quantidade de aço a ser usada na obra e custo, bem como, a composição de preços unitários para construção, clicando AQUI

     Autor: Eugênio Pacelli Fone para contato: (0xx81) 8864-7118. E-MAIL:.[email protected]  Engenheiro Civil formado pela UFPE (Universidade Federal de Pernambuco), turma de 1986. Executor de Obras de Pavimentação, Drenagem e Muros de Arrimo na cidade do Recife-PE. Executor de Redes de Abastecimento de Água em vários municípios do estado de Pernambuco. Levantamento Topográfico. Construção e(ou) reforma ao longo destes anos de profissão  em hospitais, condomínios residenciais, concessionária de automóveis, prédios residenciais, obras públicas, como Engenheiro Residente, Engenheiro Gerente. 

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O DESASTRE DO DERRAME DE ÓLEO NO MAR NAS ILHAS GALÁPAGOS ANALISADO SEGUNDO A LEGISLAÇÃO AMBIENTAL  BRASILEIRA

 1-  Apresentação

Em janeiro deste ano de 2.001 as ilhas marítimas formadoras do Arquipélago de Galápagos ( Equador )  sofreram as conseqüências de um derrame de óleo com sério impacto  ambiental.

Dentro de um plano didático de divulgação de tecnologia,  vamos procurar fazer uma comparação do acontecido e a legislação ambiental brasileira. Embora juridicamente não aplicável , a idéia é apresentar aos que se iniciam no mundo do meio ambiente os recursos jurídicos que o Brasil tem para  tentar coibir esse drama. A análise da legislação  é feita por um engenheiro, cidadão e ambientalista , sem entrar no campo dos advogados. A forma do texto também procura ser um texto de cidadão para cidadão.  

2-  A história

O arquipélago de Galápagos é um conjunto de ilhas e ilhotas vulcânicas, parte do território do  Equador e situadas no hemisfério sul, próximas à Linha do Equador . Essas ilhas distam cerca de oitocentos  quilômetros do continente. Acredita-se que a flora e fauna das ilhas vieram flutuando do continente até às ilhas há milhares de anos. Encontrando um ambiente diferente do continente essas espécies animais evoluíram de maneira bem diferente das espécies animais do continente e adquiriram nas ilhas,  aspectos bizarros   ( diferentes ) como as enormes tartarugas que vivem até duzentos anos.

Darwin na sua famosa viagem de navegação ( 1831 )  ao redor do mundo ficou impressionado com a diversidade biológica das ilhas Galápagos.  Na cabeça do cientista ganhou força ou se instalou a sua teoria da evolução face às condições locais e da adaptação e sobrevivência dos mais aptos. A existência em ilhas vulcânicas, inicialmente estéreis, de espécies adaptadas ao novo ambiente marcou a teoria de Darwin da evolução das espécies.

Hoje Galápagos é considerada como um dos locais mais interessantes para se visualizar uma prova viva da teoria da evolução.  

3-  O que aconteceu em Galápagos – Uma crítica à certos  tipos de ecoturismo

Galápagos ganhou fama mundial e passou a ser procurada por cientistas, professores e interessados em geral. Como o Equador é um pais pobre, uma das maneiras de criar uma infraestrutura para que o viajante ( hoje chama-se ecoturista ) pudesse usufruir do acesso ás ilhas foi criar taxas governamentais sobre a atividade de turismo. Com isso aconteceram problemas, como é normal. A população nativa das Galapagos explodiu face á oferta de empregos e surgiu uma frota de pequenos barcos para levar os turistas em visita às ilhas  e para transportar suprimentos . O problema é que os barcos que passaram a navegar na região seguramente não eram barcos a vela e sim barcos a motor, ou seja consumidores de produtos oriundos do mundo do petróleo. E para abastecer de combustíveis dos barcos do ecoturismo  era necessário o uso de petroleiros . E um petroleiro afundou , o petroleiro Jéssica . Foi em janeiro , 2.001. Esse navio petroleiro transportava produtos a granel ( não enlatados ) como óleo diesel e bunker, ambos produtos  do mundo do petróleo e destinados á alimentar principalmente os motores dos barcos de turismo.  Estima-se que vazaram 605 mil litros de combustíveis algo como 70% da carga de transporte do barco.

Os produtos derramados espalharam-se pela superfície do  mar formando manchas que começaram a serem transportadas pelos ventos e pelos movimentos do mar.

A fauna e flora da região foram atacadas sofrendo com isso pelicanos, tartarugas ,   iguanas , leões marinhos etc além do plâncton.

Vários países ofereceram ajuda ao Equador enviando equipes e equipamentos de retirada de óleo no mar como barreiras, bombas de sucção e produtos absorventes por contato .

Produtos para acelerar a decomposição do óleo na terra foram também enviados.

O Brasil, via Petrobrás, deu sua colaboração.  

4- Análise da legislação ambiental brasileira se aplicável fosse em Galápagos  

Analisemos a Resolução CONAMA n. 20 de 18/6/1986

As águas salinas ( marítimas ) dividem-se em Classe 5 e classe 6.

Conheçamos as duas categorias ( a classe 5 é para águas do mar sem poluição e que são usadas para banho e a classe 6 é típica de águas do mar algo poluídas e são típicas de local onde há atividade por exemplo de portos).

Classe 5 – águas destinadas :

a)       à recreação de contato primário;

b)       à proteção das comunidades aquáticas;

c)       à criação natural e/ou intensiva ( aqüicultura ) de espécies destinadas à alimentação humana  

Classe 6- águas destinadas:

a)       à navegação comercial;

b)       à harmonia paisagística;

c)       à recreação de contato secundário.  

Analisemos o que essa legislação fixa como condições limites de materiais flutuantes e teor de óleos e graxas :

Classe 5

a)       materiais flutuantes : virtualmente ausentes

b)       óleos e graxas : virtualmente ausentes

  Entenda-se como virtualmente ausentes os teores de óleos e graxas não determináveis em exames de rotina de laboratório,

Classe 6

a)       materiais flutuantes : virtualmente ausentes

b)       óleos e graxas :toleram-se incidências  

Sem dúvida que num derramamento de óleo o teor de óleos e graxas da classe 6 das águas marítimas é brutalmente elevado.  

E o que acontece então ?As ilhas  do Arquipélago de Galápagos pertencem ao Equador e a legislação brasileira a elas não se aplica. Entretanto por analogia vamos estudar se algo semelhante tivesse acontecido no Brasil qual legislação seria aplicável. Lembrar que nosso litoral está sofrendo grandes desastres ambientais com danos á flora e fauna e dano à atividade econômica da pesca e do lazer nas praias  . Se não temos um arquipélago tão rico em diversidade biológica como Galápagos temos as maravilhas de Fernando de Noronha , a beleza da Baia de Guanabara, a Ilha de Queimada Grande ( ver a seguir ) e a beleza de nossos mares e praias.

Façamos uma análise das leis brasileiras

  E o que acontece então ? Há aspectos penais e civis.

  Aspectos penais ( aspectos que podem levar à cadeia ):

Lei n, 9,605 /98 Lei dos crimes ambientais, art, 54

Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição significativa da flora.

Pena – reclusão de um a quatro anos e multa.

Se o crime é culposo :

Pena – detenção, de seis meses a um ano, e multa.  

Ainda ( artigo 33 )

  Provocar, pela emissão de efluentes ou carreamento de materiais, o perecimento de espécimes da fauna aquática existentes em rios, lagos, lagoas, baias ou águas jurisdicionais brasileiras

Pena – detenção de um a três anos, ou multa, ou ambas , cumulativamente,

  Lembrando :

Perecimento – morte

Águas jurisdicionais – águas sobre as quais o Brasil é responsável e beneficiário.

Detenção – tipo de pena de menor rigor que a reclusão. Na pena de  detenção o juiz pode transformar em prisão domiciliar ou pena alternativa. Na reclusão é cadeia mesmo.  

Quanto a aspectos civis ( indenização ) 

Decreto n. 79.437 de 28 de março de 1977 em que o Brasil adere à Convenção Internacional sobre Responsabilidade Civil em danos causados por poluição por óleo

  Cite-se a lei  Nº 9.966, de 28 de abril de 2000

Dispõe sobre a prevenção, o controle e a fiscalização da poluição causada por lançamento de óleo e outras substâncias nocivas ou perigosas em águas sob jurisdição nacional e dá outras providências  

5 – A Galápagos brasileira  

No Brasil existe pelo menos um local que lembra o Arquipélago equatoriano de Galápagos, entretanto sem a riqueza de diversidades do local mais famoso. Conheçamos a Galápagos brasileira.

No litoral do Estado de S.Paulo, litoral norte do estado existe a Ilha da Queimada Grande, ilha desabitada distante cerca de 40 km do continente  e onde impera um animal cuja espécie é única no mundo. Nessa Ilha oceânica existe um tipo de cobra jararaca chamada de jararaca ilhoa por ser específica dessa ilha. É extremamente venenosa e originou-se de um grupo de cobras jararacas que vindo boiando numa vegetação flutuante saiu do continente e chegou á ilha . Isso deve ter acontecido há milhares de anos atrás e dessa família  de jararacas aconteceu uma evolução para um tipo específico de cobra jararaca.

Há uma tentativa de explicação para o veneno tão forte. As cobras em pauta tem deficiências de visão e as presas inoculadas com o veneno correm e morrem distantes do local de onde sofreram o ataque. Se o veneno é fraco a morte acontece em local distante do local onde houve o ataque e a presa morta não é alcançada pela cobra. As cobras com veneno mais forte acontece da presa inoculada pouco poderem correr e morrem próximas ao local do ataque, Face á deficiência visual sobreviveram os tipos de jararaca mais venenosas gerando a jararaca ilhoa .  

Anexo  

RESOLUÇÃO Conama No 265, de 27 de janeiro de 2000  

O Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA, no uso das competências que lhe são conferidas pela Lei n.º 6.938, de 31 de agosto de 1981, regulamentada pelo Decreto n.º 99.274, de 6 de junho de 1990, alterado pelo Decreto n.º 2.120, de 13 de janeiro de 1997, e tendo em vista o disposto em seu Regimento Interno, e  

Considerando a necessidade de serem estabelecidas estratégias seguras de prevenção e gestão de impactos ambientais gerados por estabelecimentos, atividades e instalações de petróleo e derivados no País;  

Considerando a necessidade de colher lições do grave derramamento de óleo ocorrido na Baía de Guanabara nos últimos dias, assim como de contribuir para a eficácia das medidas de recuperação adotadas por entidades governamentais e não-governamentais;  

Considerando que o Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA é o órgão competente para propor estratégias e diretrizes de políticas governamentais para a gestão do meio ambiente e dos recursos   naturais, resolve:  

Art. 1º Determinar ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente - IBAMA e aos órgãos estaduais de meio ambiente, com o acompanhamento dos órgãos municipais de meio ambiente e entidades ambientalistas

não governamentais, a avaliação, no prazo de 240 dias, sob a supervisão do Ministério do Meio Ambiente,  das ações de controle e prevenção e do processo de licenciamento ambiental das instalações industriais de petróleo e derivados localizadas no território nacional.  

Art. 2º Determinar à Petrobrás a realização, no prazo de 6 meses, de auditoria ambiental independente em todas as suas instalações industriais, marítimas e terrestres, de petróleo e derivados, localizadas no Estado do Rio de Janeiro.  

Art. 3º A -Petrobrás e as demais empresas com atividades na área de petróleo e derivados deverão apresentar para análise e deliberação do CONAMA, no prazo máximo de 180 dias, programa de trabalho e respectivo cronograma para a realização de auditorias ambientais independentes em suas instalações industriais de petróleo e derivados localizadas no território nacional.  

Art. 4º Determinar às autoridades competentes que sejam elaborados ou revistos, no prazo de 12 meses, o plano de contingência nacional e os planos de emergência regionais, estaduais e locais para acidentes ambientais causados pela indústria de petróleo e derivados.

  Art. 5º Criar, no âmbito da Câmara Técnica de Controle Ambiental do CONAMA, Grupo de Trabalho de acompanhamento e avaliação do impacto ambiental causado pelo derramamento de óleo ocorrido no dia 18 de janeiro de 2000, na Baía de Guanabara, e das atividades previstas nos artigos anteriores.  

Art. 6º A Secretaria Executiva do CONAMA estabelecerá o funcionamento deste Grupo de Trabalho e prestará, assim como todos os órgãos integrantes do Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA, o apoio técnico e administrativo necessários.

 

Art. 7º Esta Resolução entrará em vigência na data de sua publicação.  

 

6 - O que há para ler

 

1- Reportagens do jornal " O Estado de S.Paulo" sobre o acontecido

O jornal usou como referência entre outros  O " Charles Darwin Research Centre

2- “ A origem das espécies – esboço de 1842 “ Charles Darwin , Clássicos econômicos Newton

3- Direito Ambiental Brasileiro – Willian Freire  - 2.000 –AIDE Editora  , Rio de Janeiro

4- Enciclopédia Delta Larousse

5- Dicionário Jurídico do Ambiente - Carlos Gomes de Carvalho - Editora Letras e Letras, maio 91

6- " Os herdeiros de Darwin " - Marcel Blanc -

7- " Polêmica agrava desastres ambientais no Rio de Janeiro " artigo da Revista Bio ano X n. 13 Janeiro /Março /2.000

Se você gostou deste texto você deve adquirir o material principal , composto de cinco apostilas , todas sobre Meio Ambiente. Para adquirir basta depositar R$ 126,00 no  Banco Bradesco  agência 108-2 conta 156.609-1  em nome de Manoel Henrique Campos Botelho . Enviar fax do comprovante e dados do depositante para ( 0 _ _ 11 ) 55 71 84 95.

Nós enviaremos o material pelo correio.

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ÁGUA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÁO            

             De maneira geral, este precioso líquido não  é visto e nem tratado como material de construção.  Nas composições  de custos dos serviços de engenharia não se  inclui  o item água, mesmo sabendo-se que para a confecção de um metro cúbico de concreto, gasta-se em média de 160 a 200 litros e na compactação de um metro cúbico de aterro pode ser consumido até 300 litros de água.

A água é usada em quase todos os serviços de engenharia, às vezes como componente e outras como ferramenta. Entra como componentes nos concretos e argamassas e  na compactação dos aterros e como ferramenta nos trabalhos de limpeza, resfriamento e cura do concreto. É um dos componentes mais importantes na confecção de concretos e argamassas e imprescindível na umidificação do solo em compactação de aterros. Um material de construção nobre, que influencia diretamente na qualidade e segurança da obra.

          A água utilizada para o amassamento dos aglomerantes deve corresponder a certas qualidades químicas, não pode conter impurezas e ainda estar dentro dos parâmetros recomendados pelas normas técnicas a fim de que garantam a  homogeneidade da mistura.

          A NB-1, prescreve que  a água destinada ao amassamento do concreto deverá ser isenta de teores prejudiciais de substancias estranhas. Presume-se satisfatórias as águas potáveis e as que tenham  um PH  entre 5,80 e 8,0 e respeitem os seguintes limites máximos.

-Matéria orgânica (expressa em oxigênio consumido)....... 3mg/l
Resíduo sólido...............................................5000mg/l
- Sulfatos (expresso em ions SO4 - - ................... 300mg/l
-Cloretos(expressos em ions CL - ...........................500mg/l
- Açúcar.....................................................5mg/l

  As impurezas e os sais dissolvidos na água , quando  em excesso, podem ser  nocivos para os aglomerantes utilizados na preparação  de  concretos e argamassas.

          Opor-se-ão particularmente as águas selenitosas, aquelas que contêm gesso,  pois sua ação é extremamente corrosiva. As águas sulfatadas, as águas ácidas dos terrenos de turfas e despejos, e  assim como  as águas correntes que contêm ácidos carbônicos, são águas que destroem os cimentos.

          A água do mar, as águas  pluviais procedentes de terrenos não calcários, as águas que contêm matérias químicas ou orgânicas atacam, desagregam ou decompõem os aglomerantes tanto mais rápido quanto maior seja a dosificação em cal dos mesmos, por isto devem ser excluídas da preparação dos concretos e argamassas.

.         A qualidade dos concretos e argamassas  dependem indiretamente da dosificação, e está ligada  diretamente ao fator água/cimento,  influenciando o incremento da resistência à compressão. Quanto maior for, menor será a resistência dos concretos e argamassas. Para obter concreto muito resistente, a quantidade de água de amassamento deve ser tal que não apareçam vertendo na superfície, a não ser depois de vibrados e adensados. A quantidade de água de amassamento deve ser  a mínima compatível com as exigências da colocação na obra . A água em excesso é muito prejudicial a resistência dos concretos e argamassas. Comprovadamente,  cada litro de água em excesso destrói de 2 a 3 kg de cimento.

          A quantidade de água necessário à mistura nos traços de concretos e argamassas  depende da umidade natural contida na areia e por isso  se faz necessário a sua determinação ou proceder o  ajuste experimental até a obtenção da quantidade de água ideal para o traço. Não devemos esquecer que a água é um dos  principais elemento a ser analisado em uma construção, tendo em vista a sua importância neste contexto.        

          Para construção em áreas sujeitas a águas agressivas deve-se fazer a analise físico-química da água para determinação do grau de agressividade da mesma.

 

Antônio Filho Neto

Eng. Civil e de Segurança do Trabalho

Autor do Livro “DICIONÁRIO DO ENGENHEIRO”

www.hotlink.com.br/users/afneto

   MATÉRIAS TÉCNICAS  

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ENGENHEIRO DE PLANEJAMENTO - OBRAS PÚBLICAS - Rio de Janeiro, RJ
Empresa de grande porte em Engenharia de Obras
Experiência mínima de cinco anos como Engenheiro de Planejamento ou função similar na área da construção pesada e com forte atuação junto a clientes do setor público; conhecimento do funcionamento da máquina pública; conhecimento de finanças suficiente para análise de demonstrações financeiras e para repassá-las em planilhas gerenciais para análise do cliente; experiência em monitoramento de performance por indicadores; vivência com aspectos de segurança empresarial. Este profissional fará parte da equipe gestora do projeto, atuando no Setor de Planejamento, e fazendo o acompanhamento da execução das obras, reportando-se diretamente ao Gerente do Projeto. Formação em Engenharia Civil. Contratação no regime CLT, salário nível gerencial. Contacto: Murayama e Maciel Executive Search. E-mail: [email protected]

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